Descobrir sobre si mesmo é sempre um lançar-se no mundo com um outro. ás vezes é uma travessia cega, nos dizem sem entregar pistas: vá, dê a sua cara, faça do seu jeito. arrisco dizer que a guiança para aquilo que fala de nós no mundo se dá apartir da “com-moção”. é aquilo que resta de alguém em mim quando resolvo ou preciso caminhar; ou aquilo que é meu e o outro leva quando resolvo ou preciso caminhar.
nesse câmbio de quem leva e quem deixa as posses se perdem e o que fica é o quão de mim aquilo fala, o laço fluídico que se forma entre o vivido e o vivente.
o olhar “perdido” de alguém sentado, um andar devagar sem pressa no meio de gente apressada, alguém expondo suas vulnerabilidades sem medo em frente a leões impenetráveis, demonstrações sinceras de amor, reencontros calorosos regados a desejos de nunca largar, risadas extravagantes sem pudor: me comovem tanto!
elas carregam meus “olhos, bocas, narinas e orelhas” e comigo trago elas, experiências que me ajudam a se mover, movendo-me com elas, me comovendo!
me interessa o que me comove!
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