Instituto Poiésis

“Naquele momento (final dos anos 60), a maioria de nós estava envolvida em política de esquerda e me perguntaram por que eu não era mais ativa politicamente, e eu lhes disse: Sabe, creio que o trabalho que faço é um trabalho político. Trabalhar com pessoas tentando fazer com que consigam pensar de forma independente, soltar-se das confluências como único caminho, é fazer um trabalho político que vai se estendendo, embora só possamos trabalhar com um número muito reduzido de pessoas. Mas estas pessoas podem influenciar outras. Isso quer dizer que esse é um trabalho político. […] A terapia é um processo anárquico no sentido de que não segue regras ou normas pré-estabelecidas. Não pretende adaptar ninguém a nenhum sistema, senão adaptar a pessoa ao seu próprio potencial criativo. As atitudes conservadoras se baseiam em grande parte em gestalten fixas. […] Goethe diz que “a lei e a justiça são herdadas como uma enfermidade eterna na qual a injustiça se converte em justiça e a justiça se converte em injustiça.” Portanto, é um ato político fazer terapia.”

Laura Perls em 1984 ao conceder entrevista à Daniel Rosenblat que deu origem ao livro “Living in the boundering”.

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