Você terapeuta deve concordar comigo que o fazer da clínica nos ensina todos os dias sobre SUPORTE! Suporte para o cliente que chega desmobilizado e sem energia para encarar a própria vida, suporte para atravessar com ele suas dores e suporte para que ele descubra o seu auto-suporte e consiga enveredar por suas próprias trilhas.
E o eu-terapeuta? Precisa de suporte? Tenho priorizado o suporte a meu eu-terapeuta? É salutar para uma boa prática clínica que você tenha suporte emocional, em sua Psicoterapia. Suporte teórico em seus estudos e pós formações, mas especialmente penso ser importante um suporte metodológico-compreensivo, que é como concebo a noção de supervisão clínica.
Neste processo trabalhamos as questões metodológicas e de manejo clínico, e também como estas questões afetam, como isso se desenrola nas compreensões que você tece sobre ser terapeuta. Como isso toca em suas fragilidades? Dada aí a noção de um suporte metodológico-compreensivo, que emerge de minhas experiências e prática ligadas aos estudos em Fenomenologia, Existencialismo e fundamentalmente em Gestalt-terapia.
Para mim como terapeuta (eternamente em formação), este processo sempre foi importante e confirmador sobre o poder do processo terapêutico sobre mim e sobre a vida de tantos que se deleitam ao cuidado das feridas internas. A supervisão trata-se também deste espaço de ensinar com delicadeza e aprender com as sutilezas, onde sou confirmado, pelas palavras de Jean Clark Juliano, o que penso ser este processo: “A Gestalt é principalmente uma postura diante da vida, que implica um contato vivo com o mundo, com a pessoa do outro, na sua singularidade, sem pré-concepção de qualquer ordem. Esse contato apoia-se sobre a vivência, na experiência de primeira mão, no aqui e agora, o que estimula uma presença constante e atenta, com ênfase na percepção sensorial; focaliza o fluxo e a direção da energia corporal.” (Juliano, 1999, p. 26).
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